quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Homofobia: não cabe ao cristão discriminar

Além de não poder praticar nem dar seu aval à conduta sexual adulterina e à homossexual, o cristão precisa aprender a arte da convivência com aqueles que as praticam. Por ter se comprometido espontaneamente com Cristo ao se converter, o cristão é membro de uma comunidade cristã e responsável por seu comportamento e testemunho. Porém, ele não é retirado do mundo, da sociedade no meio da qual vive. Segundo Paulo, o cristão não deve ficar separado dos não-cristãos, que vivem a seu bel-prazer. Para viverem separados, os cristãos “teriam de sair deste mundo” (1Co 5.10, NTLH), atitude com a qual Jesus não concorda. Na oração sacerdotal do Cenáculo, Jesus é claro: “Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do Maligno” (Jo 17.15, NTLH). Retirado do mundo, o cristão jamais seria “o sal da terra” e “a luz do mundo” (Mt 5.13-16).
Por uma questão de princípios, se o cristão não se retira da sociedade, ele tem de aprender a conviver com seus contemporâneos e vizinhos, sem se deixar influenciar ou enredar por eles. Convivência e conivência são coisas distintas: “convivência” é viver com outra pessoa; “conivência” é cumplicidade, colaboração, conluio.
Não cabe ao cristão discriminar, desprezar, odiar, maltratar, humilhar ou apedrejar o homossexual ou a lésbica, em uma sociedade em que há muitos outros desvios, como a injustiça, a avareza, o consumismo, a hipocrisia, a idolatria, o ódio, a vingança, a arrogância, a frivolidade e assim por diante. Cabe ao cristão conviver com todas essas pessoas, com temor e tremor, sem espírito de superioridade, reprovando todas essas coisas mais pela conduta do que pelas palavras.
O ensino de Paulo tem um valor imenso se o contexto for considerado. Não há concessão alguma ao desregramento sexual. No mesmo capítulo, o apóstolo é enfaticamente contrário à presença de certo indivíduo da comunidade cristã de Corinto que estava tendo relações com a mulher de seu pai (já morto ou não), provavelmente sua madrasta. Ele deveria ser temporariamente afastado dos privilégios da comunidade, até que sua natureza carnal fosse suplantada pela nova natureza (1Co 5.1-5). No capítulo seguinte, Paulo recorda que entre os membros fundadores da comunidade cristã havia ex-homossexuais ativos e ex-homossexuais passivos, bem como muitos outros ex-isto-e-aquilo (1Co 6.9-11).
Na comunidade, o critério seria um; na sociedade, seria outro. Não se pode exigir que o não-cristão se comporte como cristão, mas é lícito exigir que o cristão se comporte como cristão.
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Por Elben M. Lenz César, Diretor-fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato onde o texto foi publicado originalmente.

2 comentários:

  1. realmente muito bom o artigo nos mostra bem como deve ser a conduta dos cristãos aqui no mundo e concordo, não somos NINGUEM para julgar o proximo ja nascemos PECADORES. só por que conhecemos a verdade e mudamos nosso comportamente e pensamentos não significa que tenho direito de julgar outro ser humano por seus atos e escolhar. creio que podemos até aconselhar nas escolhas no entuito de ajuda-los a conhecer Jesus mas sempre pelo amor.

    gostei muito desde blog os assunto são de grande interece a nos os jovens peço que Deus abençoe a todos que estão no projeto e a todos que estarão lendo estes postes. graça e paz a todos

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  2. Jesus ensinou que nós devemos amar ao próximo como ao nós mesmo, o homossexual tbm é nosso próximo, ele fez uma escolha e tem livre arbítrio pra isso, nós como cristãos não podemos cobrar uma atitude cristã daquele q nunca conheceu a Cristo,mas devemos mostrar o Jesus de amor e só o amor de Jesus transforma.

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